EDUCAÇÃO ESPECIAL: " ALFABETIZAR NA EDUCAÇÃO HÍDRIDA - COMPORTAMENTO LEITOR E ESCRITOR.
Pensar em alfabetizar no Hibridismo já é um desafio, engendrar o comportamento leitor e escritor em discentes atípicos, ou seja, Deficientes Intelectuais, penso ser uma missão e dom, pois com pouquíssimos recursos, mas com muita vontade de ensinar do docente e aprender do aluno, o objetivo foi alcançado.
Na prática utilizamos fichas de leitura, papel e boa vontade!!!!
Acreditar na evolução do aluno atípico é o primeiro passo, sem rótulos e estigmas.
Foi trabalhado inicialmente com o silabário, em seguida pequenas frases simples, para em seguida inserir um pequeno texto.
A vitória está estampada em meus olhos, pois em tempos de pandemia sorrimos com os olhos.
Sujeito e predicado são os termos essenciais (ou fundamentais) da oração. Sujeito é o ser de quem se informa alguma coisa; predicado é o termo que contém a declaração, referida, em geral, ao sujeito.
Confira o exemplo a seguir:
O vento sacudia as folhas.
Na frase acima, “o vento” é sujeito da oração; “sacudia as folhas” é o predicado.
Classificações do sujeito
De acordo com o gramático Domingos Paschoal Cegalla, o sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou por uma palavra ou expressão substantivada. Na língua portuguesa, o sujeito pode ser determinado ou indeterminado. Além disso, podemos encontrar as orações sem sujeito.
O sujeito pode ser:
Sujeito determinado
Ocorre quando podemos reconhecer o elemento representante do sujeito ao qual o predicado se refere e indicá-lo na oração. É subdividido em: sujeito determinado simples e sujeito determinado composto.
Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo. Exemplo: Maria dorme tarde. Nesse caso, “Maria” é o núcleo.
Sujeito determinado composto: possui mais de um núcleo. Exemplo: O diretor e os professores participaram da reunião. Nesse caso, o núcleo é formado por “o diretor e os professores”.
Sujeito indeterminado
Ocorre quando é possível perceber a existência de um elemento ao qual o predicado se refere, porém não conseguimos identificar qual (ou quais) é esse elemento.
Exemplos: Perguntaram sobre você na festa.
Precisa-se de vendedor.
Sujeito oculto (ou elíptico)
Ocorre quando está implícito, isto é, não está expresso, mas se deduz do contexto.
Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto = eu)
Sujeito inexistente
Ocorre com verbos impessoais, como “haver” no sentido de “existir”, “ser” quando indicam tempo e distância e todos os verbos que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos: Choveu muito ontem.
É noite.
Faz dois anos que não vejo um dos meus melhores amigos.
Classificações do predicado
Há três tipos de predicado: nominal, verbal e verbo-nominal.
Predicado nominal: seu núcleo é um nome (substantivo, adjetivo, pronome), ligado ao sujeito por um verbo de ligação.
Exemplo: Os rapazes são gentis. Nessa frase, “os rapazes” compõe o sujeito, “são” é o verbo de ligação e “gentis” é o predicativo do sujeito.
Predicado verbal: seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complementos ou termos acessórios.
Exemplo: Os pessegueiros floresceram. Nessa frase, “os pessegueiros” é o sujeito, e o predicado verbal é formado pelo verbo intransitivo “floresceram”.
Confira outros exemplos a seguir:
-A mãe chamou o médico. -Os jovens gostam de aventuras. -O escritor ofereceu o livro a um amigo.
Predicado verbo-nominal: apresenta dois núcleos significativos, sendo um verbo e um nome.
Confira o exemplo a seguir:
A criança corria feliz.
Sujeito = a criança Núcleo do sujeito = criança Predicado verbo-nominal = corria feliz (ação+estado)
É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza.
Exemplos: existir, sou, chovendo.
Flexões: Pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.
Exemplos: melhor, demais, ali.
Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e número, os advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo.
Análise Morfológica
A morfologia é o estudo da estrutura e da formação das palavras. A Análise morfológica analisa a classe gramatical dos elementos que formam um enunciado linguístico individualmente, sem que haja ligação entre eles.
São classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
A análise sintática, por sua vez, analisa a função e a ligação de cada elemento que forma um enunciado linguístico.
Assim, a análise morfossintática analisa os elementos do mesmo enunciado linguístico sintática e morfologicamente.
É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros e varia em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Quanto à formação, o substantivo pode ser:
Primitivo – é o nome que não deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e jornal.
Derivado – é o nome que deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente).
Simples – é o nome formado por apenas um radical. Radical é o elemento que é a base do significado das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais são respetivamente: cas, flor e gir.
Composto – é o nome formado por mais do que um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatempo, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e sol e pass e temp.
Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo pode ser:
Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cidade, pessoa e rio.
Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre grafados com letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.
Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária. Exemplos: casa, fada e pessoa.
Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (conjunto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis).
Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho, alegria, altura e amor.
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e grau.
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
Derivado – é o adjetivo que deriva de substantivos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e escritor (palavra derivada do verbo escrever).
Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos radicais são respetivamente: alt, estud e honest.
Composto – é o adjetivo formado por mais do que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super e interessant, surd e mud e verd e clar.
Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local de origem e as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.
Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca e sergipano.
Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).
É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.
Os numerais classificam-se em:
Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte.
Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos: segundo, quarto e trigésimo.
Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e um terço.
Coletivos – é a forma dos números que indica um conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem).
Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.
É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso e varia em gênero, número e pessoa.
Os pronomes classificam-se em:
Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo (quando são complemento da oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e Vossa Excelência.
Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e respetivas flexões.
Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas flexões, isto, isso, aquilo.
Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e respetivas flexões, quem, que, onde.
Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Subordinativas: Integrantes (que, se), Causais (porque, como), Comparativas (que, como), Concessivas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se), Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Finais (a fim de que, para que) e Proporcionais (ao passo que, quanto mais).
Há também as Locuções Conjuntivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: contanto que, logo que e visto que.
Há também as Locuções Interjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui!
Exercícios
Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar morfologicamente os enunciados abaixo:
1) Falam muito mal dela, agora fingem-se seus amigos fiéis.
Falam – 3.ª pessoa do plural do verbo falar, conjugado no presente do indicativo, voz ativa muito - Advérbio de intensidade mal - Advérbio de modo dela – Forma contraída de (preposição) + ela (pronome pessoal do caso reto) agora – Advérbio de tempo fingem-se - 3.ª pessoa do plural do verbo fingir, conjugado no presente do indicativo, voz reflexiva seus – Pronome possessivo amigos – substantivo comum fiéis – Adjetivo
2) Viajamos para o Nordeste nas últimas férias.
Viajamos – 3.ª pessoa do plural do verbo viajar, conjugado no pretérito perfeito do indicativo, voz ativa para – Preposição essencial o – Artigo definido Nordeste – Substantivo próprio nas – Forma contraída em (preposição) + as (artigo definido) últimas – Adjetivo férias – Substantivo abstrato